terça-feira, 7 de dezembro de 2010

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"Você não me conta os seus sonhos e nem acredita em tudo o que eu penso acreditar. A nossa união parece apenas uma grande contradição, mas ao mesmo tempo uma perfeita sincronia."

domingo, 14 de novembro de 2010

Sem título

Sabe aqueles dias em que não devia nem acordar?
Sabe aquelas palavras que jamais deveriam ter sida ocultas?
Sabe aquele aperto da garganta ao estômago, que passam pelo coração?
Sabe quando nem um abraço é o suficiente?
Sabe quando você sente que ninguém ti entende?
Sabe quando se vê a queda tão perto e nada se pode fazer para esquivar-se?
Sabe quando as palavras faltam e as lágrimas invadem sem poder fazer freia-las?
Sabe quando você vê o que ninguém vê?
Sabe quando você sente o que nunca imaginou existir?
Sabe quando a vida ti derruba com a mesma intensidade que ti levantou?
Sabe quando o silêncio se torna a melhor opção?
Sabe quando alguém entra na sua vida e ti toma a razão e principios? Ti faz sorrir, chorar, cair, levantar, brigar e lutar. Mas ao mesmo tempo quer ti fazer desistir, cair e não levantar nunca mais, quer ti fazer suplicar pela derrota, mas também ti da forças.
Sabe quando essa contradição ti domina e voce não distingue mais o certo do errado? É o amor entrando no seu cotidiano, no seu coração, ainda mais, no seu viver.

domingo, 17 de outubro de 2010

Recomeço

Eu não fui atrás, não procurei,por medo de sofrer. Guardei tudo dentro de mim, e quando eu a vi vindo ao meu encontro, mesmo depois de todos esses sentimentos tristes, mesmo depois de todos esses meses sem o seu olhar, eu cedi, eu dei uma chance para ser feliz novamente.
Em todo esse tempo com a sua ausência eu tentei pensar que ia passar, ou melhor, que já tinha passado, mas lá estava você, penetrando cada vez mais e mais nos meus pensamentos, até eu sentir vontade de limpar tudo, de esquecer tudo, mas você não queria deixar de me mostrar que seria inutil tentar, que seria torturoso remecher nas lembranças.
Mas vou falar de como aconteceu, quando nossos olhares se encontraram novamente, parecendo ser a primeira vez. E aquela voz sussurava para mim dizendo que queria voltar, que que queria voltar, desta vez para sempre. Era estranho. A mesma voz que a meses atrás me dizia que estava indo, para nunca mais voltar. Ela voltara, trazendo consigo a minha felicidade e bem-estar.
Eu sei que cheguei ao ponto de pura dependencia do amor, ao admitir que precisava dela para viver, eu não inibo isso. Mesmo com essa duvida eu me entreguei novamente naquele amor, eu me afundei ainda mais na doçura da sua pele, e inalei ainda mais o cheiro do seu amor, para ficar gravado em mim. A tarde se passava naquela área da casa dela, e enquanto ela se debruçava sobre mim, com os seus lábios de encontro ao meu, eu correspondia, escolhendo depender cada vez mais daquele amor, escolhendo me arriscar cada vez mais no medo daquilo acabar. Mas nada de mau me aconteceria enquanto eu estivesse ligado ao corpo dela, enquando a ponte construída entre o meu coração e o dela existisse. E se algo de ruim acontecesse, eu não me importaria, um dia iria passar, e o ciclo continuaria, eu sofreria, aprenderia e logo eu seria recompensado, logo eu seria feliz, para depois a catástrofe, e assim sucessivamente.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A minha invenção

Parecem seres de outro mundo, um mundo do qual eu não faço parte e desconheço. Não entendia o porque de eu não estar ali junto deles, tão normais, tão politicamente corretos, mas ao mesmo tempo não pareciam plenos e completos. Eu não entendia direito, mas me fazia bem acompanhar cada movimento feito por eles, cada ilusão que a mente insana de cada um acreditava, demasiada intensidade nas escolhas, demasiada ambição.
Em um momento daqueles eu não podia fazer mais nada a não ser inventar a minha felicidade, colocar intensidade em qualquer escolha que fosse, e decidir que alguém me admirasse como eu os admirava. Inventar se tornou uma das melhores coisas que eu tinha decidido nos ultimos tempos. Eu sentia o sol aquecer, mas não aquecia só a mim, eu sentia o vento soprar, mas não movia só os meus fios de cabelo, eu sentia a socidade recriminando, mas não recriminavam só a mim. Eu me recriminava por nada ser do modo que eu esperava, mesmo eu sabendo ser coisas impossíveis. E então quando eu decidamente olhei pro lado ali estava ele, parecia ter lido a duvida no meu olhar, e então segurou na minha mão e sussurrou que era verdade, que ele estava ali, e finalizou apertando-a com afeto e dizendo: eu sempre estive.
Temos que ter consciencia de que algumas coisas só passam a existir quando damos a devida atenção a ela. Mas no que eu deveria acreditar? Ali estava ele, e como eu saberia que não era como aquelas pessoas que eu admirava – mas não entendia – normais, corretos, mas não plenos e completos? Entao eu disse-lhe que o que me doíam eram essas duvidas, esses parenteses sem feixo, esses três pontinhos seguidos, essa faltade certeza. E eu compreendi o olhar dele que questionava: “Como eu posso ti provar que tudo é de verdade? Basta eu acreditar nessa minha certeza?”
Eu não sabia, eu não queria. Eu não sabia responder, porque eu não queria acreditar. Naquela tarde de setembro eu me senti normal, plena, com demasiada ambição por querer só aquele amor, com demasiada intensidade a cada minuto que se estendia em puro amor. Como pode? Eu me sentia inteiramente bem, sem preocupações, sem medos, sem mágoas...Simplismente indo adiante. Com o pôr do sol, se pôs o sonho, e eu acordei do sonho que eu inventei. Mesmo aquele pequeno grande amor ter sumido, eu percebi como tinha virado hábito fazer invenções, acreditar nelas, e ainda mais, viver nelas. E então eu vi que eu já fazia parte daquele mundo que eu via de longe, com a mente insana para acreditar nas ilusões, com a ambição do grande amor, com toda a intensidadeque fosse capaz de sentir e compartilhar. E mesmo que outra tarde se passe, mesmo que outras tardes de setembro venham, mesmo que outros amores segurem pela mão prometendo segurança, toda tarde será aquela tarde de setembro, todo amor terá que me tirar da realidade como aquele, todo o mundo terá que ser pleno e completo, enquanto eu fico aqui o dia inteiro por nada, e talvez por tudo. Feliz, mas talvez desesperançosa. Normal, mas talvez não completa.

domingo, 26 de setembro de 2010

Sem título

A chuva caía lá fora e dentro de mim também. É uma coisa do tipo que só da pra entender sentindo. Será que só eu neste momento estou me sentindo abandonada assim? O abandono e a decepção são as piores dores para mim no momento. Pareço sentir os estralos do meu coração ao despedaçar, e todo esse clichê envolve-me aqui no meu quarto ao som dessa chuva de primavera.
É difícil imaginar uma jornada adiante sem os seus braços me envolvendo num abraço, sem seu perfume completando o meu e sem suas mãos encaixando tão perfeitamente na minha.
Claro que todos dizem que irei superar, que devo lhê esquecer, eles dizem saber que sou capaz, mas o que eles não sabem é como eu ti fiz prioridade da minha existencia, eles não sabem como é deitar pensando somente no que passou, e dormir sonhando com o que poderia ter acontecido, se você não tivesse sido tão fraco, se o seu coração tivesse batido mais forte e mais alto do que os gritos de vozes negativas alheias.
E mais uma vez a decepção e o abandono tomam conta de mim,e mais uma vez recebo-os de coração aberto, não teve como impedir, tomou conta, fácil assim. E mesmo com tudo isso eu vejo como eu sou forte, percebo como o seu abandono me deu experiencia, como a sua atitude me deu maturidade e como o seu amor me deu forças para lutar.
Eu até posso encontrar outro que faça me sentir tudo o que você me fez sentir, mas nenhum terá o encaixe perfeito da sua mão na minha, após ter os seus braços me envolvendo, me mostrando a junção perfeita do seu perfume no meu e da sua essencia com a minha.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vem fácil, vai fácil

Qualquer menina ajeitaria o cabelo e reforçaria o gloss ao ver você vindo há alguns metros. Qualquer menina mudaria seu estilo e seu gosto musical por você. Qualquer menina, menos eu. Mas quando você chegava perto de mim, e eu podia tocar sua pele e sentir o seu cheiro, tudo isso mudava, e eu pensava como eu era priviliegiada por ser a “escolhida”, enquanto várias estavam na luta a tempos e eu com pouco esforço cheguei tão rapido e fácil.
E com o tempo eu fui tapando meus ouvidos as criticas para ouvir só as palavras doces vindo de você, cegando meus olhos aos defeitos para ver só a sua beleza rara, ignorando o mundo que me cercava para ganhar um abraço seu, e abrindo meu coração ao seu mundo. Seu mundo era completamente diferente do meu, era rico de pessoas um tanto futeis e de cores. O meu era um tanto cinza e com poucas pessoas, poucas, mas todas verdadeiras. Só que eu adorava fazer parte do seu, simplismente por você ter aquelas manias vaidosas, o jeito que se gabava por seus amigos sempre fazerem o que você fazia, e ao mesmo tempo conseguir ter aquela pose de machão insensível, mas também protetor. E aconteceu o que eu temia, o que eu evitava. O popular se apaixonou pela menina da cidade pequena, e a menina se apaixonou pelo popular.
Mas como tudo o que vem fácil, vai facil. Foi o que aconteceu. Esse tal de tempo é um tanto curioso e engraçado. Me fez conhecer você, me fez querer você, amar você, e me fez perder você também. E hoje já até me fez ti esquecer. Mas com você foi diferente, diferente de tudo o que já experimentei, foi rápido, mas intenso, foi caloroso, mas esfriou, e os sentimentos que uma vez esfriam, talvez em nenhum momento voltem a serem quentes e calorosos.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A doce lembrança

Ali estavam eles, sentados no banco da praça de sempre. O casal de melhores amigos desde a infancia.
Numa fração de segundos em que ela fixou os olhos na revista que tinha acabado de comprar, ele fixou os olhos nela. Mas não olhava como sempre, ele não a olhava apenas, ele a admirava, como nunca tinha feito, mas como sempre quis fazer.
Admirando-a desse jeito, na sua cabeça veio o passado deles, ele se lembrava de cada momento que tinham passado. E percebeu que ela já não era mais aquela garota baixinha que usava aquela jardineira laranja, que estava sempre com as unhas borradas, o gloss com brilho exagerado e com o aquele All Star todo riscado.
Além disso, ela já não chorava toda vida por amores perdidos, ciúmes e insegurança. Ela hoje era equilibrada e segura, e até se tornou sensível o suficiente para chorar com filmes de romance.
Ele observava cada detalhe daquela beleza a sua frente, e viu que agora ela usava um batom rosado num tom suave, ela até estava usando mini saia, e ele se lembrou da semana anterior em que ela comprou um sapato de salto. Ficou pensando que dia foi em que ela largou aquela jardineira, deixou de usar aquele All Star e aquele gloss. O que tinha acontecido com ela? Ele percebeu que não tinha visto o tempo passar e ela crescer. E ele também tinha crescido, e com ele o sentimento por ela cresceu, não o de amigo. Ele a via mais do que isso. Involuntariamente ele a abraçou, ela largou a revista, como se estivesse esperando por aquele momento. Ele fitou seus olhos e se aproximou do rosto dela. Tocou seus lábios no dela, ela correspondeu. Ele segurou a sua mão, ela a apertou. Ele colocou a mão em sua nuca, ela arrepiou-se. Ele definitivamente a beijou, passando pela cabeça de ambos um filme da vida inteira juntos. E então ela o olhou e disse: “Prometa que amanhã não lembrará mais disso, melhor esquecermos”. Decepcionado ele a olhou e prometeu que esqueceria sim. Promessa que não iria cumprir, pois aquele beijo lento e rápido foi a satisfação de muitas risadas, brincadeiras e momentos de uma vida inteira. E então ele percebeu, que a sua vida era ao lado dela, mas a esse momento ela já tinha juntado a revista e saído correndo, deixando-o ali apenas com o rosado do seu batom nos lábios, a doce lembrança na mente e o sentimento recém descoberto no coração.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Na contra mão

Quando você me disse que era o fim, eu pensei ser o fim da nossa voltinha ou o fim daquele nosso abraço, e não o nosso fim. Quando você me disse que não estava pronto, pensei que não estava pronto para decidir o que me dar de presente ou que não estava pronto para sair ainda, não que não estava pronto para ter um relacionamento comigo. Quando você me disse que não concordávamos em algumas coisas, achei que falava de nossos gostos culinários e de nossa visão política tão diferente, e não que não concordávamos em nada em nosso relacionamento. Quando você me disse que não suportava mais essa situação, pensei que falava não agüentar mais meu perfume de sempre ou minha mania de sempre falar dos outros, e não que não suportava mais viver ao meu lado.
Durante tanto tempo você sempre me falou tudo isso, e eu sempre desviei do verdadeiro significado. Você sempre lutando para falar de uma forma que não constrangesse ninguém, e eu sempre relutando, insistindo em andar na contra mão, sem seguir ninguém, apenas contrariando, fazendo as avessas, vendo tudo ao contrário, mesmo meu coração entendendo perfeitamente o que você realmente queria. Era difícil para eu entender, e ainda mais, compreender e aceitar. Eu vivia por você (achava que vivia), eu me arrumava para você, me comportava para você e me dedicava para você, somente para você.
Naquela noite, confesso que achei algo estranho mesmo, não sabia se o batom não estava combinando com a roupa, ou se o sapato não era para aquela ocasião. Estava desconfortável, mas todo esse desconforto desapareceu quando encontrei você sentado naquele banco de sempre. Você me abraçou, o mundo parou. Você me beijou, o estômago revirou-se. Você pegou na minha mão, elas começaram a suar. A noite toda se passou, seu coração parecia não encontrar o meu, estava perdido. E assim você me desmontou, admitindo, olhando nos meus olhos, o nosso fim, era impossível eu desviar naquele momento, com tanta certeza em seu olhar. O nosso fim, e ainda mais, o meu. Saí correndo e decidi colocar em prática minha relutância em andar na contra mão, adiantei as coisas, meu fim chegou, tudo por você, sempre tive mania em exagerar as coisas, e o fim de nós dois, significava o meu fim. Hoje eu não posso lhe tocar, não posso sentir seu cheiro, não posso falar mais uma vez que amo você. Minha alma apenas olha você, de cima, de longe, guiando-te, para só seguir adiante, sem relutância, sem se enfiar na frente de carros por um amor que não deu certo, sem andar na contra mão. 

domingo, 8 de agosto de 2010

Importante para você

Sei o quão tola posso estar sendo ao escrever um texto para você, sabendo que você jamais escreveria um para mim. Mas não quero gratidão, tampouco quero amor, eu quero mesmo é atenção. Olhe para mim, me note! Isso que eu quero, quero ser importante para você, quero ser tudo o que puxa o seu olhar, tudo o que você quer tocar, quero falar tudo você gosta de escutar. Não estou falando que vivo por você, que minha vida se resume a você, porque isso já se tornou clichê.  Estou falando – e você talvez ainda não notou que é pra você – que quero ser reconhecida, atendida e entendida, por você, só por você.
Minhas manias não mudarão, sendo atendida, entendida, reconhecida, importando para você ou não. Aquele tremor ao ver você chegar, seu jeito desajeitado de andar e seu cheiro exagerado e ao mesmo tempo tão bom de perfume, e até seu jeito firme de pegar na minha mão. Minha mania de estar sempre brincando com as cordinhas do teu moletom, querendo arrumar teu cabelo mesmo ele estando ajeitado, mas eu gosto bagunçado mesmo, você sempre reclama disso, e eu gosto disso também. Minha mania de estar sempre ti xingando, mesmo sendo palavras jogadas ao ar, porque você prefere fingir que não ouve, e eu falo, mas sei que nada disso é verdade.
Nada pode justificar sua falta de atenção em mim, juro que não entendo. As vezes me acho uma louca descontrolada querendo atenção, tão inconstante e impulsiva, tão equilibrada e ao mesmo tempo insegura, tão cheia de verdades e tão manipulada pelos seus sentimentos. Tudo isso você causa em mim, e eu aceito, aceito, mas não entendo, muito menos compreendo. Estou com você, você está comigo, estamos juntos e ao mesmo tempo separados, estamos perto e tão longe, a presença da ausência. É tudo uma contradição, mas nada, absolutamente nada contradirá os sentimentos tão fortes que me fazem querer e insistir em você, estou obtendo sucesso, e você, está a cada dia mais ligado a mim, isso que eu quero, assim, nos ligaremos e eu serei o que o seu olhar quer ver, o que suas mãos querem tocar e direi o que você quer ouvir, eu serei isso para você, pois você já é tudo isso para mim, desde a primeira palavra, desde o primeiro olhar, mesmo sem querer, mesmo sem saber, cativados até o fim pelo amor e pelo viver.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O segredo

Há dias ando oculta da sociedade, do meu grupo de amigos, dos meus pais, dos assuntos escolares e até mesmo da internet.Tenho tido pensamentos pessimistas, tomado decisões difíceis, andado sozinha em lugares e horários que há um tempo atrás nem imaginava. Penso que isso afetou até demais o meu interior a ponto de não me deixar segura para enfrentar tudo o que eu convivia até antes de isso acontecer. Mas o que aconteceu? Não consigo definir o que me afetou tanto. Dentro de mim guardo segredos, os guardei tanto e acabei me guardando também, me guardei do mundo e dos sentimentos de quem tanto me queria bem.
Até então passo dias sozinhos e frios, nem o sol é capaz de me aquecer, há algo dentro de mim que não poderá ser aquecido, e isso me deixa cada vez mais pessimista com o que possa me esperar daqui para frente. Procurei encontrar forças em meus amigos e familiares, mas a força tem que criar dentro de mim e não dos outros, eles não podem nem saber o que tenho sentindo, não entenderiam, por mais clara que eu quisesse ser, não haveria explicação.
Em meio dos meus amigos me sinto uma estranha, por mais interagida que esteja com eles, meus pensamentos fluem para outros lugares, lugares que nunca freqüentei, mas me levam de uma forma que vejo que nada está como era antes. Será que essas pessoas não sentem tudo o que eu sinto dentro de mim? Meu corpo, meu coração, meus pensamentos parecem trabalhar freneticamente, sem parar, como uma fábrica, como um mecanismo, com uma agonia, algo querendo sair e ser revelado, mas não poderá.
Sou eu, uma garota lutando contra os próprios impulsos nesse universo paralelo em que vivo, vendo a cada dia a certeza de que nada está claro, nada nunca estará. É complicado admitir isso, me esconder sem querer, correr sem ter vontade, calar-se enquanto sua alma grita. Nada é pior do que controlar esses sentimentos dentro de mim. Mas nada poderá ser revelado, jamais. E assim, percebo que pior do que querer lutar e derrubar seu inimigo visível, é conviver com o inimigo que criou dentro de si, conviver não por escolha sua, mas por obrigação, se eu quero ser feliz, esse segredo ficará guardado, e dominarei esse inimigo dentro de mim, dominarei até sem ter forças, tais forças que não consigo criar, não tenho motivação, mas preciso, talvez usarei isso como estimulo. Nada está fácil, o segredo acabou se tornando o inimigo e preciso derrotá-lo antes que ele mesmo acabe me destruindo sem que eu menos espere.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sentimento abstrato


O amor pode ser o sentimento mais abstrato sentido 
até hoje, mas se colocarmos ele acima de tudo e em nossas escolhas, 
ele deixa de ser um enigma para se tornar a luz, a salvação e até mesmo, a sobrevivência!

terça-feira, 27 de julho de 2010

A dor da perda

Eles mantinham um relacionamento diferente dos muitos atuais, não concordavam muito em algumas idéias, não eram o casal mais romântico visto, ao começarem uma conversa pela internet já estavam se brigando, tudo era motivo para descordarem um do outro. Suas personalidades eram totalmente diferentes. Ele era um menino equilibrado, sério e andava sempre com os mesmos amigos. Ela era um tanto dramática e com um carisma que a fazia estar sempre rodeada de novos amigos.
Quando se encontravam agiam como grandes amigos, nada além disso. Andar abraçados, de mãos dadas, ficar fazendo carinho, juras de amor, ou qualquer coisa do tipo, não fazia o tipo deles, dele especificamente, ela queria isso, mas não admitia, não queria admitir que ele não estava nas suas expectativas, que a cada dia que se viam ele a decepcionava mais. O relacionamento durou por alguns dias, já se entendiam na internet, isso aumentava a esperança nela de ele estar realmente satisfazendo suas expectativas, eles se viam poucas vezes, isso de certa forma alegrava-a, mas também a deixava triste. Adorava vê-lo, mas queria senti-lo também, mas para ele isso parecia indiferente, parecia um corpo vagando sem alma, seu corpo estava ali, mas seu coração não.
E que menina agüenta isso? Ainda mais essa menina, com seus dramas e inseguranças, ela não agüentou, decidiu que não valeria a pena sofrer tanto assim, seu coração já não tinha mais forças para reconstituir-se, e ela o deixou. O deixou, mas seu coração ainda pertencia a ele, sempre irá pertencer. Hoje ela vaga procurando partes quebradas de seu coração que se quebrou muitas vezes e motivos fortes o suficiente para fazer esquecê-lo, e não está difícil, sabe por que? Porque no fim disso tudo ela percebeu que não se apaixonou por ele simplesmente por sua beleza ou sua personalidade equilibrada, e sim pelo seu amigo da internet. Talvez hoje estariam ainda grandes amigos, da internet. Mas não, os sentimentos se complicam dentro da cabeça de uma menina quando elas sentem o estomago revirar e o coração acelerar, nada poderia detê-la quando em seu pensamento ele era o homem de sua vida, talvez a até fosse, mas e ele? Ele não estava pronto para isso, talvez nunca estará, seu coração a ama, mas ele se distraiu, deixando claro que realmente os opostos se distraem e os dispostos se atraem. Hoje ele faz de tudo para ainda manter a amizade, ela apenas o responde, não está mais dependente dele. Talvez ele se arrependa, talvez não...Só que ela não pensa mais nisso, afinal, fica feliz por carregar esse amor lindo dentro desse coração, ao contrário dele que enquanto tinha o seu amor só teve capacidade para destruí-lo dentro de si pouco a pouco até morrer, hoje ele só pode respirar a dor da perda. E ela? Bom, ela respira a dor da vitória, não por tê-lo vencido, mas por ter sido forte o suficiente para vencer essa dor da perda, que ele diz jamais poder suportar.
P.S: Hoje ele a ama, ele implora o seu amor, mas ela cansou de reconstituir partes de seu coração por quem um dia valeu a pena, mas hoje não mais.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O amor

No começo de qualquer relacionamento ficamos imaginando o que será desse momento para frente, onde tudo se inicia, será que irá durar? Você quer muito que dure, o amor, é o que você acha que já esta sentindo, mas ainda não é, o amor é conseqüência de vários períodos que irão proceder. Você quer que dure, mas você sabe que algum momento um dos dois poderá querer desistir, mesmo você continua achando que já ama essa pessoa incondicionalmente, você sabe que isso poderá acontecer, por mais que não queira acreditar e deixe oculto dentro de si.
São duvidas, perguntas sem respostas que aparecem na sua cabeça,e só serão respondidas vivendo.
E então você se torna forte, se empenha para encontrar a resposta de todas aquelas perguntas, é onde o relacionamento começa a durar. Esse é o 1º período, onde todas as duvidas são jogadas para quem quiser desvendá-las.
Logo com o tempo vem o 2º período, o desejo insaciável pelo corpo, pelo físico, o desejo pela pele, pela carne, cada toque, cada gesto indica segundas intenções. Não falo de sexo, falo da curiosidade homem-mulher e mulher-homem, é onde você vê que há outro mundo que não é o seu, e você quer descobrir o que há por trás, além do desejo. Não é onde você começa a ter a certeza de suas duvidas, elas ainda permanecem em sua cabeça, mas com o tempo respostas do 1º período começam a querer aparecerem.
No 3º período você já tem as respostas, você já conviveu um tempo com seu(a) parceiro(a) e tem certeza do que quer, agora você sabe que vai durar, você desejou tanto, se empenhou tanto para que durasse, e chegou até aí, por que não prosseguir? E então ambos descobrem o amor, descobrem a verdadeira magia que é amar, ser amado, sentir proteção e proteger, dar carinho e ser acariciado.
E chegam então ao 4º período. Logo que descobrem, ficam cada vez mais aproximados, e um começa a fazer cada vez mais parte da vida do outro, qualquer decisão tomada, é pensado no parceiro(a) também, tudo está ligado a ele(a), e nada que você fizer o deixará para trás.
Até chegar ao 5º e talvez o último período, é quando você já não faz mais parte da vida do parceiro(a), mas passa ser a vida, passa a ser o motivo da existência do outro, o motivo do sorriso, ou das tristezas, é você. Você conviveu tempo suficiente já com essa pessoa para se tornar sua vida, passaram pelos períodos bravamente, e então você se torna eternamente responsável para ele(a). Como já disse, você se torna a vida. E como poderá viver alguém sem vida? E você sente o peso nas costas de ter que viver sua vida,e ainda ser a vida do outro. Muitos acham isso difícil, e é aí que acabam os relacionamentos, e o 5º período acaba sendo o ultimo. Você não para pra pensar que como você é a vida dele, ele também será sua vida. É a forma mais simples de ver o que é o amor, o amor é um sustentando o outro, um apoiando o outro,sem trocas, sem provas. Ninguém ama sozinho, contrato, troca, não é amor. Amor é passar por todos esses períodos e ainda sim querer continuar, esses são os primeiros passos, os períodos iniciais que todo o casal passa, mas não necessariamente irá parar por aqui, cada um compõem a sua história. Tem casais que chegam até o 5º período e pensam que se tornar a vida do outro já é o suficiente, casam, acham que viver de amor é tudo, mas não pararam para pensar que nada se sustenta sozinho, que a união que faz tudo isso acontecer, e é aonde acaba o relacionamento, por fraqueza, por falta de lutar, por falta de união, e terminam dizendo que o amor acabou, mas quem acabou foram eles próprios.
E você deve estar se perguntando sobre as brigas e desavenças. Bom, as brigas estão em meio de todos esses períodos, sem elas você não passaria de um para o outro. As brigas fortalecem ainda mais, é quando você descobre o que ou quem está errado, e quando tudo se concerta, é o encontro da solução. E a solução é o amor, o amor tem que estar em tudo na nossa vida, em tudo e ainda mais, a frente de tudo.