terça-feira, 7 de dezembro de 2010

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"Você não me conta os seus sonhos e nem acredita em tudo o que eu penso acreditar. A nossa união parece apenas uma grande contradição, mas ao mesmo tempo uma perfeita sincronia."

domingo, 14 de novembro de 2010

Sem título

Sabe aqueles dias em que não devia nem acordar?
Sabe aquelas palavras que jamais deveriam ter sida ocultas?
Sabe aquele aperto da garganta ao estômago, que passam pelo coração?
Sabe quando nem um abraço é o suficiente?
Sabe quando você sente que ninguém ti entende?
Sabe quando se vê a queda tão perto e nada se pode fazer para esquivar-se?
Sabe quando as palavras faltam e as lágrimas invadem sem poder fazer freia-las?
Sabe quando você vê o que ninguém vê?
Sabe quando você sente o que nunca imaginou existir?
Sabe quando a vida ti derruba com a mesma intensidade que ti levantou?
Sabe quando o silêncio se torna a melhor opção?
Sabe quando alguém entra na sua vida e ti toma a razão e principios? Ti faz sorrir, chorar, cair, levantar, brigar e lutar. Mas ao mesmo tempo quer ti fazer desistir, cair e não levantar nunca mais, quer ti fazer suplicar pela derrota, mas também ti da forças.
Sabe quando essa contradição ti domina e voce não distingue mais o certo do errado? É o amor entrando no seu cotidiano, no seu coração, ainda mais, no seu viver.

domingo, 17 de outubro de 2010

Recomeço

Eu não fui atrás, não procurei,por medo de sofrer. Guardei tudo dentro de mim, e quando eu a vi vindo ao meu encontro, mesmo depois de todos esses sentimentos tristes, mesmo depois de todos esses meses sem o seu olhar, eu cedi, eu dei uma chance para ser feliz novamente.
Em todo esse tempo com a sua ausência eu tentei pensar que ia passar, ou melhor, que já tinha passado, mas lá estava você, penetrando cada vez mais e mais nos meus pensamentos, até eu sentir vontade de limpar tudo, de esquecer tudo, mas você não queria deixar de me mostrar que seria inutil tentar, que seria torturoso remecher nas lembranças.
Mas vou falar de como aconteceu, quando nossos olhares se encontraram novamente, parecendo ser a primeira vez. E aquela voz sussurava para mim dizendo que queria voltar, que que queria voltar, desta vez para sempre. Era estranho. A mesma voz que a meses atrás me dizia que estava indo, para nunca mais voltar. Ela voltara, trazendo consigo a minha felicidade e bem-estar.
Eu sei que cheguei ao ponto de pura dependencia do amor, ao admitir que precisava dela para viver, eu não inibo isso. Mesmo com essa duvida eu me entreguei novamente naquele amor, eu me afundei ainda mais na doçura da sua pele, e inalei ainda mais o cheiro do seu amor, para ficar gravado em mim. A tarde se passava naquela área da casa dela, e enquanto ela se debruçava sobre mim, com os seus lábios de encontro ao meu, eu correspondia, escolhendo depender cada vez mais daquele amor, escolhendo me arriscar cada vez mais no medo daquilo acabar. Mas nada de mau me aconteceria enquanto eu estivesse ligado ao corpo dela, enquando a ponte construída entre o meu coração e o dela existisse. E se algo de ruim acontecesse, eu não me importaria, um dia iria passar, e o ciclo continuaria, eu sofreria, aprenderia e logo eu seria recompensado, logo eu seria feliz, para depois a catástrofe, e assim sucessivamente.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A minha invenção

Parecem seres de outro mundo, um mundo do qual eu não faço parte e desconheço. Não entendia o porque de eu não estar ali junto deles, tão normais, tão politicamente corretos, mas ao mesmo tempo não pareciam plenos e completos. Eu não entendia direito, mas me fazia bem acompanhar cada movimento feito por eles, cada ilusão que a mente insana de cada um acreditava, demasiada intensidade nas escolhas, demasiada ambição.
Em um momento daqueles eu não podia fazer mais nada a não ser inventar a minha felicidade, colocar intensidade em qualquer escolha que fosse, e decidir que alguém me admirasse como eu os admirava. Inventar se tornou uma das melhores coisas que eu tinha decidido nos ultimos tempos. Eu sentia o sol aquecer, mas não aquecia só a mim, eu sentia o vento soprar, mas não movia só os meus fios de cabelo, eu sentia a socidade recriminando, mas não recriminavam só a mim. Eu me recriminava por nada ser do modo que eu esperava, mesmo eu sabendo ser coisas impossíveis. E então quando eu decidamente olhei pro lado ali estava ele, parecia ter lido a duvida no meu olhar, e então segurou na minha mão e sussurrou que era verdade, que ele estava ali, e finalizou apertando-a com afeto e dizendo: eu sempre estive.
Temos que ter consciencia de que algumas coisas só passam a existir quando damos a devida atenção a ela. Mas no que eu deveria acreditar? Ali estava ele, e como eu saberia que não era como aquelas pessoas que eu admirava – mas não entendia – normais, corretos, mas não plenos e completos? Entao eu disse-lhe que o que me doíam eram essas duvidas, esses parenteses sem feixo, esses três pontinhos seguidos, essa faltade certeza. E eu compreendi o olhar dele que questionava: “Como eu posso ti provar que tudo é de verdade? Basta eu acreditar nessa minha certeza?”
Eu não sabia, eu não queria. Eu não sabia responder, porque eu não queria acreditar. Naquela tarde de setembro eu me senti normal, plena, com demasiada ambição por querer só aquele amor, com demasiada intensidade a cada minuto que se estendia em puro amor. Como pode? Eu me sentia inteiramente bem, sem preocupações, sem medos, sem mágoas...Simplismente indo adiante. Com o pôr do sol, se pôs o sonho, e eu acordei do sonho que eu inventei. Mesmo aquele pequeno grande amor ter sumido, eu percebi como tinha virado hábito fazer invenções, acreditar nelas, e ainda mais, viver nelas. E então eu vi que eu já fazia parte daquele mundo que eu via de longe, com a mente insana para acreditar nas ilusões, com a ambição do grande amor, com toda a intensidadeque fosse capaz de sentir e compartilhar. E mesmo que outra tarde se passe, mesmo que outras tardes de setembro venham, mesmo que outros amores segurem pela mão prometendo segurança, toda tarde será aquela tarde de setembro, todo amor terá que me tirar da realidade como aquele, todo o mundo terá que ser pleno e completo, enquanto eu fico aqui o dia inteiro por nada, e talvez por tudo. Feliz, mas talvez desesperançosa. Normal, mas talvez não completa.

domingo, 26 de setembro de 2010

Sem título

A chuva caía lá fora e dentro de mim também. É uma coisa do tipo que só da pra entender sentindo. Será que só eu neste momento estou me sentindo abandonada assim? O abandono e a decepção são as piores dores para mim no momento. Pareço sentir os estralos do meu coração ao despedaçar, e todo esse clichê envolve-me aqui no meu quarto ao som dessa chuva de primavera.
É difícil imaginar uma jornada adiante sem os seus braços me envolvendo num abraço, sem seu perfume completando o meu e sem suas mãos encaixando tão perfeitamente na minha.
Claro que todos dizem que irei superar, que devo lhê esquecer, eles dizem saber que sou capaz, mas o que eles não sabem é como eu ti fiz prioridade da minha existencia, eles não sabem como é deitar pensando somente no que passou, e dormir sonhando com o que poderia ter acontecido, se você não tivesse sido tão fraco, se o seu coração tivesse batido mais forte e mais alto do que os gritos de vozes negativas alheias.
E mais uma vez a decepção e o abandono tomam conta de mim,e mais uma vez recebo-os de coração aberto, não teve como impedir, tomou conta, fácil assim. E mesmo com tudo isso eu vejo como eu sou forte, percebo como o seu abandono me deu experiencia, como a sua atitude me deu maturidade e como o seu amor me deu forças para lutar.
Eu até posso encontrar outro que faça me sentir tudo o que você me fez sentir, mas nenhum terá o encaixe perfeito da sua mão na minha, após ter os seus braços me envolvendo, me mostrando a junção perfeita do seu perfume no meu e da sua essencia com a minha.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vem fácil, vai fácil

Qualquer menina ajeitaria o cabelo e reforçaria o gloss ao ver você vindo há alguns metros. Qualquer menina mudaria seu estilo e seu gosto musical por você. Qualquer menina, menos eu. Mas quando você chegava perto de mim, e eu podia tocar sua pele e sentir o seu cheiro, tudo isso mudava, e eu pensava como eu era priviliegiada por ser a “escolhida”, enquanto várias estavam na luta a tempos e eu com pouco esforço cheguei tão rapido e fácil.
E com o tempo eu fui tapando meus ouvidos as criticas para ouvir só as palavras doces vindo de você, cegando meus olhos aos defeitos para ver só a sua beleza rara, ignorando o mundo que me cercava para ganhar um abraço seu, e abrindo meu coração ao seu mundo. Seu mundo era completamente diferente do meu, era rico de pessoas um tanto futeis e de cores. O meu era um tanto cinza e com poucas pessoas, poucas, mas todas verdadeiras. Só que eu adorava fazer parte do seu, simplismente por você ter aquelas manias vaidosas, o jeito que se gabava por seus amigos sempre fazerem o que você fazia, e ao mesmo tempo conseguir ter aquela pose de machão insensível, mas também protetor. E aconteceu o que eu temia, o que eu evitava. O popular se apaixonou pela menina da cidade pequena, e a menina se apaixonou pelo popular.
Mas como tudo o que vem fácil, vai facil. Foi o que aconteceu. Esse tal de tempo é um tanto curioso e engraçado. Me fez conhecer você, me fez querer você, amar você, e me fez perder você também. E hoje já até me fez ti esquecer. Mas com você foi diferente, diferente de tudo o que já experimentei, foi rápido, mas intenso, foi caloroso, mas esfriou, e os sentimentos que uma vez esfriam, talvez em nenhum momento voltem a serem quentes e calorosos.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A doce lembrança

Ali estavam eles, sentados no banco da praça de sempre. O casal de melhores amigos desde a infancia.
Numa fração de segundos em que ela fixou os olhos na revista que tinha acabado de comprar, ele fixou os olhos nela. Mas não olhava como sempre, ele não a olhava apenas, ele a admirava, como nunca tinha feito, mas como sempre quis fazer.
Admirando-a desse jeito, na sua cabeça veio o passado deles, ele se lembrava de cada momento que tinham passado. E percebeu que ela já não era mais aquela garota baixinha que usava aquela jardineira laranja, que estava sempre com as unhas borradas, o gloss com brilho exagerado e com o aquele All Star todo riscado.
Além disso, ela já não chorava toda vida por amores perdidos, ciúmes e insegurança. Ela hoje era equilibrada e segura, e até se tornou sensível o suficiente para chorar com filmes de romance.
Ele observava cada detalhe daquela beleza a sua frente, e viu que agora ela usava um batom rosado num tom suave, ela até estava usando mini saia, e ele se lembrou da semana anterior em que ela comprou um sapato de salto. Ficou pensando que dia foi em que ela largou aquela jardineira, deixou de usar aquele All Star e aquele gloss. O que tinha acontecido com ela? Ele percebeu que não tinha visto o tempo passar e ela crescer. E ele também tinha crescido, e com ele o sentimento por ela cresceu, não o de amigo. Ele a via mais do que isso. Involuntariamente ele a abraçou, ela largou a revista, como se estivesse esperando por aquele momento. Ele fitou seus olhos e se aproximou do rosto dela. Tocou seus lábios no dela, ela correspondeu. Ele segurou a sua mão, ela a apertou. Ele colocou a mão em sua nuca, ela arrepiou-se. Ele definitivamente a beijou, passando pela cabeça de ambos um filme da vida inteira juntos. E então ela o olhou e disse: “Prometa que amanhã não lembrará mais disso, melhor esquecermos”. Decepcionado ele a olhou e prometeu que esqueceria sim. Promessa que não iria cumprir, pois aquele beijo lento e rápido foi a satisfação de muitas risadas, brincadeiras e momentos de uma vida inteira. E então ele percebeu, que a sua vida era ao lado dela, mas a esse momento ela já tinha juntado a revista e saído correndo, deixando-o ali apenas com o rosado do seu batom nos lábios, a doce lembrança na mente e o sentimento recém descoberto no coração.